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setor automotivo

Brasil e Colômbia acertam tarifa zero para veículos

 | Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Os governos de Brasil e Colômbia assinaram nesta sexta-feira (9) um acordo no setor automotivo para antecipar a vigência do tratado de tarifa zero para exportação de carros, que deveria vigorar a partir de 2018. Hoje, o imposto de importação é de 16%. No primeiro ano do acordo, que pode começar até dezembro a partir do novo protocolo, o Brasil poderá exportar e importar uma cota de 12 mil carros anualmente.

A partir do segundo ano, essa cota sobe para 25 mil automóveis. E do terceiro ao oitavo ano, esse número chega a 50 mil. De forma escalonada, o propósito é, no futuro, acabar com esse limite. O entendimento faz parte do Acordo de Complementação Econômica 59, conhecido como ACE 59, que prevê a redução de tarifas de importação de vários produtos entre os dois países. O setor automotivo é o mais avançado.

“É uma grande conquista esse acordo automotivo”, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.

Oportunidades e mudanças

Durante fórum entre empresários brasileiros e colombianos na Câmara de Comércio de Bogotá, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a crise que atinge o Brasil é muito dolorosa. Ela ressaltou ainda que crises são oportunidades de mudanças, referindo-se à reforma administrativa implementada recentemente.

“Estamos fazendo uma redução do tamanho do Estado. E isso é o que chamamos de tentar utilizar a crise como oportunidade que você não pode desperdiçar. Até porque ela (a crise) é muito dolorosa”, afirmou Dilma.

A presidente avaliou ainda que a economia brasileira é muito fechada e que são necessárias reformas para elevar a produtividade.

“Entre essas reformas está o fato de que o Brasil é uma economia ainda muito fechada. Hoje, nós estamos olhando uma forma de abrir a economia brasileira para o mundo”, apontou Dilma, que reconheceu as dificuldades pela quais passa o Brasil.

A presidente voltou a afirmar que, nos últimos 13 anos, o Brasil retirou 33 milhões de pessoas da extrema pobreza, 40 milhões foram para a classe média e o Brasil saiu em definitivo do mapa da fome.

“O fim da miséria é apenas o começo. As pessoas ficam exigentes (quando saem da pobreza) e querem mais, melhores serviços públicos e acesso ao que não tinham antes”, ressaltou.

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