O chanceler Celso Amorim disse na segunda-feira que o Brasil e os Estados Unidos estabeleceram a meta de obter em 30 dias um acordo em princípio dentro da chamada Rodada Doha das negociações comerciais globais.
A Rodada Doha foi lançada em 2001 pela Organização Mundial do Comércio com o objetivo de estimular a economia global e tirar milhões de pessoas da pobreza.
Ela foi praticamente abandonada no ano passado, devido principalmente a discordâncias sobre questões agrícolas, mas desde janeiro há intensas negociações de bastidores para sua conclusão.
"O prazo de um mês para um acordo, um acordo global, foi mencionado várias vezes", disse Amorim, referindo-se à reunião de sábado dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush nos EUA.
"Quando dois líderes como Bush e Lula querem chegar a um acordo em 30 dias, eles não estão brincando", disse Amorim em entrevista coletiva em Brasília. "Eles apertaram o botão de acelerar, estão sinalizando vontade política e possibilidade."
Sean Spicer, porta-voz da representante comercial dos EUA Susan Schwab, negou que os dois países tenham estabelecido esse prazo e sugeriu que possa ter havido algum mal entendido no encontro de sábado.
Representantes comerciais de Índia, Brasil, Estados Unidos e União Européia se reunirão em Nova Délhi, possivelmente no dia 12, segundo Amorim. Mas serão necessários outros encontros, antes e depois disso, para aparar as arestas entre os principais participantes, disse o chanceler.
"Acho que Nova Délhi não será a hora de colocar as cartas na mesa. Estamos chegando perto, estamos tirando as cartas dos nossos bolsos", declarou Amorim, dizendo-se confiante em um acordo preliminar em maio.
"Não sei se será em 1o ou 2 de maio, 30 ou 40 dias, mas é uma referência importante", afirmou.
O Brasil, importante produtor agrícola, quer a redução de subsídios agrícolas de EUA, União Européia, Japão e de outros mercados desenvolvidos.
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