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Crescimento

Brasil e Índia precisam se focar em remover gargalos em infraestrutura, diz FMI

Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI: "2015 deve ser o ano da ação (dos governos)" | Mike Theiler/Reuters
Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI: "2015 deve ser o ano da ação (dos governos)" (Foto: Mike Theiler/Reuters)

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, cobrou em um discurso em Nova York nesta quinta-feira (15) que os governos façam mais investimentos em infraestrutura e avancem em reformas para estimular o fraco crescimento econômico mundial e destacou que o Brasil e a Índia precisam se focar em remover gargalos, sobretudo em transportes e energia, que impedem uma maior expansão da atividade.

Lagarde frisou que as necessidades de investimento em infraestrutura ao redor do mundo são diferentes. Enquanto o Brasil precisa remover gargalos, os Estados Unidos e a Alemanha precisam melhorar a infraestrutura já existente.

"O ano de 2015 deve ser o ano da ação (dos governos)", disse ela, em um pedido semelhante ao que já havia feito em outubro, na reunião anual do FMI em Washington, quando a instituição reduziu suas previsões de crescimento para a economia mundial.

Elevar os investimentos em infraestrutura no G-20, bloco formado pelos países mais ricos do mundo, pode injetar US$ 2 trilhões na economia mundial nos próximos quatro anos. "Seja qual for a necessidade, agora é hora de mostrar determinação", disse Lagarde,

Política monetária

Outro ponto que a dirigente do FMI tocou no discurso foi nas políticas dos bancos centrais, sobretudo dos países desenvolvidos. "Políticas monetárias acomodatícias ainda permanecem essenciais", disse ela.

Na zona do euro, afirmou Lagarde, a queda do petróleo já se reflete na queda da inflação e nas expectativas dos agentes para os índices de preços, o que abre espaço para novos estímulos do Banco Central Europeu (BCE).

Para os países importadores de petróleo, a queda do preço do barril, que já supera os 50% desde junho, pode ajudar a aliviar as pressões inflacionárias e ser uma oportunidade para reforçar o arcabouço de políticas macroeconômicas.

Para os países exportadores, os efeitos podem ser mais severos e é preciso criar proteções para evitar danos maiores em suas economias, ressaltou Lagarde.

O ajuste fiscal, destacou, precisa ser tão favorável ao crescimento e à geração de emprego quanto possível, frisou a dirigente. Ainda comentando formas de estimular o fraco crescimento mundial, Lagarde falou que a liberalização comercial pode ser uma forma.

Após anos de expansão fraca nos fluxos de comércio global, 2015 pode ser um ano de avanço para acordos comerciais entre as diversas regiões.

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