As primeiras reuniões técnicas entre o Brasil e México para negociar o acordo automotivo, que permite a importação de automóveis daquele país com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mais baixo, terminaram sem consenso. Uma nova rodada com representantes dos dois países foi marcada para os dias 28 e 29 deste mês, na Cidade do México, para dar continuidade ao debate. Com a exclusão do México do aumento do IPI sobre carros importados em 2011, há um déficit do lado brasileiro de US$ 1,5 bilhão somente no comércio de veículos.
Segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio "contribuiu para o esclarecimento de pontos relevantes a respeito da evolução e das perspectivas do relacionamento comercial bilateral no setor automotivo".
Na última sexta-feira, dia 3, o presidente do México, Felipe Calderón, telefonou para a presidente Dilma Rousseff, quando ficou definida a reabertura das conversas entre os dois governos para garantir um equilíbrio maior no intercâmbio comercial não apenas de automóveis de passeios, mas também de outros produtos. O Brasil ameaçou romper o acordo que está em vigor há cerca de 10 anos.
O governo brasileiro quer aumentar o conteúdo regional na produção dos veículos nos dois países e ampliar o acordo para incluir caminhões, ônibus e utilitários, e não apenas carros de passeio.
Até 2008, a balança comercial entre os dois países era favorável ao Brasil com um superávit de US$ 1,555 bilhão, se transformou em um déficit de US$ 1,170 bilhão.
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