Um estudo feito por uma empresa de segurança na internet revelou que o Brasil é o vice-líder mundial na produção de programas nocivos que contaminam os computadores, como os vírus.

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De acordo com o relatório Security Threat Report, da Sophos, empresa com sedes nos Estados Unidos e Grã-Bretanha, o Brasil é responsável pela criação de 14,2% dos malwares.

Essa palavra, que mescla partes da expressão malicious software ("programa malicioso", em inglês), é usada para designar programas que invadem os computadores sem o consentimento dos donos e que podem prejudicá-lo, causando danos à máquina ou permitindo o roubo de informações. Esse é o caso dos vírus e spywares, por exemplo.

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O único país que supera o Brasil na produção de malwares é a China, responsável por 30% do total desses programas, diz a Sophos.

O mesmo estudo indica a maioria dos malwares criados no Brasil se destina a roubar informação de usuários de serviços bancários online.

"Cientes de que os autores chineses visam majoritariamente o furto de senhas de logos online e que os hackers brasileiros focam mais em roubar informação bancária, autoridades e especialistas em segurança podem agir com mais precisão", afirma o relatório.

"A Sophos avalia que os hackers na China, Brasil e Rússia devem manter a tendência em 2007 e será interessante ver que tipo de malware irão desenvolver outros países que entrarem nessa lista."

Spam

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Em relação ao envio de spam (correspondência eletrônica não solicitada), o Brasil está, segundo o relatório, na sexta colocação, respondendo por cerca de 3,5% do total. Os Estados Unidos, com 34% e a China, com 31%, são os líderes dessa lista.

90% de todo o spam do mundo é enviado pelo que se chama de zombie computers ("computadores-zumbi"), cujo controle é tomado por algum tipo de vírus.

Os Estados Unidos também são o país que mais hospeda malwares.

De acordo com a empresa, cerca de cinco mil novos endereços se infectam com esses códigos maliciosos, que possibilitam os hackers de entrar nas redes corporativas.

O crime na Internet se concentrou na web em 2007, em vez da disseminação por e-mail, como acontecia anteriormente, segundo o relatório da Sophos.

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A alternativa por rotas via web e não por e-mail se deu pelo crescimento da segurança nos próprios servidores de correio eletrônico. Em vez de mandar e-mail infectados, agora os hackers enviam links a servidores infectados com os malwares.

Uma vez carregado o arquivo malicioso, ele tenta baixar um tipo de vírus conhecido como cavalo de tróia, que se instala sozinho e abre portas de acesso ao computador.