A economia brasileira foi a que mais evoluiu no ranking de desenvolvimento financeiro elaborado pelo World Economic Forum (WEF), que teve como principal responsável o professor da Universidade de Nova York Nouriel Roubini, considerado o guru da atual crise global, pelo acerto em suas previsões. Na apresentação do relatório, na quinta-feira (8), em Nova York, Roubini e demais economistas da entidade destacaram o exemplo positivo do Brasil como sinal de que os emergentes ganham força nas finanças mundiais. Já os americanos e as economias desenvolvidas teriam sido os principais perdedores na crise. Em outra classificação da entidade, que mede a estabilidade do sistema financeiro, o Brasil supera os EUA e o Reino Unido.
Subindo seis posições no ranking de desenvolvimento financeiro, o Brasil ocupa a 34ª posição e tem 3,46 pontos numa escala estabelecida pelo WEF. O Reino Unido, em primeiro lugar, tem 5 28. Já a Venezuela, em último, 2,52. De 55 economias pesquisadas a brasileira conquistou mais pontos: 0,18.
Com algumas poucas exceções, como a Austrália, os países desenvolvidos apresentaram fortes quedas no índice. Os EUA, que deixaram o topo da lista para ocupar o terceiro lugar, apresentou acentuada redução de 0,73 pontos. A medição leva em conta 120 variáveis, atribuindo pesos ao ambiente de negócios e institucional, estabilidade financeira e a dimensão do mercado de capitais. "Os países em desenvolvimento exibiram bom resultado no pilar de estabilidade financeira do índice. Esse resultado se deve ao aprendizado em erros de crises do passado, apesar de, para alguns, isso se dever à relativa falta de complexidade e de integração global de seus sistemas financeiros", disse Roubini.