Foz do Iguaçu O combate à febre aftosa na fronteira entre o Brasil e o Paraguai será o tema central do encontro entre o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, do Brasil, e o colega paraguaio, Alfredo Molinas Maldonado. Os dois se reúnem hoje a partir das 9 horas na Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, para avaliar os resultados das ações conjuntas dirigidas à proteção da sanidade animal e vegetal na região.
As metas traçadas em abril, também em reunião na Itaipu, e consolidadas em junho, em Assunção, incluem estratégias como a fixação de calendários comuns para vacinação do rebanho, maior controle do trânsito de animais nas fronteiras, cadastramento das propriedades criadoras e monitoramento por meio de satélite.
Tal integração, afirmou Stephanes em entrevista ontem, é essencial no combate à aftosa e outras doenças que podem afetar os rebanhos do Brasil e do Paraguai. "A presença de qualquer foco nestas regiões acaba prejudicando a produção dos dois países. Para as doenças não existem fronteiras", frisou.
Uma ação destacada pelo ministro é o trabalho realizado pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Técnicos da binacional já concluíram o recadastramento das cerca de 4,8 mil propriedades rurais pecuárias localizadas na faixa de 15 quilômetros dos dois lados da fronteira.
No Brasil, o cinturão de proteção se estende de Barracão, na região Sudoeste, fronteira com a Argentina, até Marilena, no limite com o Mato Grosso do Sul. Segundo o engenheiro agrônomo da Itaipu, Cícero Bley, a próxima fase será a criação de um banco de dados com informações sobre cada um dos animais criados nestas propriedades. "Através de um software exclusivo e de um sistema de geoprocessamento por satélite, será possível acompanhar toda a movimentação até o abate", explicou.
"Estas são medidas que têm o objetivo de garantir ao Paraná e outros estados vizinhos o fim do embargo imposto há quase dois anos. Acreditamos que a certificação de região livre da febre aftosa seja novamente concedida até o final do ano", afirmou o ministro. Além da carne do Paraná, estão restritas as exportações de parte de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, o chamado Circuito Pecuário Centro-Oeste.
Em Foz do Iguaçu, Stephanes participa ainda de uma plenária com lideranças empresariais reunidas na 17.ª Convenção Anual da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), às 17 horas.
Sobre a greve dos fiscais federais agropecuários, o ministro foi taxativo. "O governo já colocou todas as condições possíveis de negociação e se não forem aceitas até hoje (ontem), prazo limite dado à categoria, retirará as propostas e tomará as medidas que achar necessárias, e partirá para o confronto. Temos que colocar um ponto final nisso."
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