Brasil e Rússia deverão ser os únicos, em uma lista de 42 países, na sua maioria ricos, a ter queda na economia em 2015, prevê a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – o chamado clube dos países ricos – em relatório sobre perspectivas para a economia mundial, divulgado nesta terça-feira (3), em Paris.
Segundo a organização, o PIB brasileiro este ano vai contrair 0,8%, ainda mais do que os 0,5% de crescimento negativo previstos pela OCDE em março. O Brasil vai voltar a crescer no final deste ano e deverá fechar 2016 com um PIB apenas 1,1% maior. Pior do que a queda brasileira, só a economia da Rússia, que vai contrair 3,1% em 2015 e crescer apenas 0,8% em 2016.
“A Rússia e o Brasil devem sair da recessão e voltar a ter crescimento em 2016, se bem que fraco”, diz a OCDE.
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Leia a matéria completaAbaixo do esperado
A organização revisou para baixo as previsões de crescimento da economia mundial, de 3,6% para 3,1% em 2015 e de 3,9% para 3,6% em 2016. E atribui a queda à “fraqueza inesperada” no primeiro semestre deste ano, sobretudo com a desaceleração nos Estados Unidos e em países emergentes”. Foi o pior desempenho da economia mundial no primeiro trimestre desde que estourou a crise, em 2008.
A recuperação da economia mundial desde a crise de 2008 “tem sido extraordinariamente fraca”, disse a OCDE.
Os Estados Unidos vão desacelerar este ano. De um crescimento de 2,4% em 2014, os americanos deverão encerrar 2015 com um PIB de 2%, só recuperando em 2017 (2,8%).
A China, segundo a OCDE, também vai continuar desacelerando: 6.8% em 2015 e 6.7% em 2016. Isso representa uma queda brutal em relação a 2007, quando a China chegou a crescer 14,2%. Desde 2010, o país só desacelera.
A economia japonesa também deverá ter um crescimento menor do que esperado este ano, de 0,7%, contra 0,8% previstos anteriormente. Mas o Japão vai recuperar o fôlego em 2016 com crescimento de 1,4%.
O melhor desempenho entre os 42 países avaliados pela OCDE deverá ser da Índia, com estimativas de um crescimento superior ao da China, de 6,9% em 2015 e 7,6% em 2016. Já a zona do euro, segundo a OCDE, vai continuar se recuperando, com crescimento prevista de 1.4% este ano e de 2.1% em 2016.
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