O governo brasileiro espera que o acordo de facilitação de comércio da OMC (Organização Mundial do Comércio), fechado na reunião de Bali, em dezembro, seja ratificado pelos membros dos Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Índia e África do Sul ameaçam desistir do acordo, que pode simplificar o comércio mundial por meio da adoção de medidas como desburocratização de trâmites alfandegários.
Essa é uma das divergências entre os membros dos Brics, cujos líderes políticos e empresários estão reunidos a partir desta segunda-feira (14) em Fortaleza e Brasília. O ministro Mauro Borges (Desenvolvimento) afirmou que o Brasil vai assinar o acordo, e que não há pressão para que os outros membros do bloco sigam a sua posição.
"Não há pretensão de fechar um acordo único. Há uma visão positiva e otimista em relação à ratificação do acordo, mas não temos a pretensão de restringir a soberania de cada país para decidir", afirmou Borges.
O comunicado conjunto dos ministros de comércio do bloco é otimista, "olhando para o horizonte, no sentido que o acordo será implementado inteiramente até o final do mês, quando todos os países têm de ratificar o acordo", afirmou o ministro.
Índia e África do Sul argumentam que vão ter que arcar com os custos de implementação do acordo, e que ele só ajuda os países ricos a venderem para os pobres. O assunto foi discutido por ministros do comércio dos países dos Brics nesta segunda.
Os países do bloco têm preocupação com a facilitação do comércio e ampliação da competitividade, afirmou o ministro. Todos estão trabalhando pela modernização, redução dos custos de transação, e por maior competitividade, disse.