O Brasil continua em quarto lugar na lista dos países mais citados por executivos de todo o mundo, mas perdeu parte de sua importância nos planos de negócios, segundo pesquisa divulgada pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) às vésperas do Fórum Econômico Mundial. EUA e outras economias avançadas voltam a ganhar destaque no planejamento externo das companhias, tomando espaço dos Brics com exceção da China e de outros emergentes.
Cerca de 1,3 mil executivos foram convidados a apontar os três países, com exceção do próprio, mais importantes para suas perspectivas de crescimento neste ano. China (33%), EUA (30%), Alemanha (17%), Brasil (12%) e Japão (7%) foram os cinco mais citados. Excetuado o Brasil, com perda de 3 pontos porcentuais, todos esses países tiveram ganhos em relação à pesquisa do ano anterior.
A mudança coincide com a retomada do crescimento no mundo rico, liderada pela economia americana. A alteração do cenário também se reflete no maior otimismo quanto à economia global: 44% dos entrevistados disseram acreditar em melhora. No ano anterior eram 18%. Os brasileiros estão acima dessa média, com 42% confiantes em maior receita neste ano, mas ficam bem longe dos mais otimistas russos (53%), mexicanos (51%), coreanos (50%) e indianos (49%).
Baixo crescimento
A divulgação da pesquisa coincidiu com o anúncio das novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), com menor crescimento estimado para o Brasil (2,3%) que para a economia global (3,7%) neste ano. Os Brics hoje exibem menor dinamismo e já se especula se estarão enfrentando uma crise de meia-idade tema de uma sessão do Fórum Econômico Mundial marcada para quinta-feira. Está prevista a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega.