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A empresa Tidewater Inc, líder no setor de embarcações para a indústria energética, considera que os novos mercados a serem explorados incluem não só o Brasil, mas também a Austrália, o Ártico e os Estados Unidos.

Keith Lousteau, diretor financeiro da empresa, disse que a descoberta das enormes reservas do pré-sal fazem da costa brasileira, de longe, o mercado mais promissor da atualidade.

"Eles (o Brasil) colocaram dinheiro onde está a boca," disse o executivo na segunda-feira à Reuters em São Francisco, onde participa de uma conferência sobre investimentos do Bank of America. "Eles reservaram um monte de plataformas."

Mas segundo ele, também há interesse nas possíveis reservas da costa oeste australiana. "Não acho que chegue nem perto da magnitude do Brasil, mas só a idéia de que seja mencionada no mesmo fôlego significa que se trata de uma área pela qual o setor está ansioso."

Durante a conferência, Lousteau disse que seu setor tem pressa em produzir navios que satisfaçam à demanda das companhias de exploração de petróleo. Ele não espera um desaquecimento enquanto o petróleo estiver acima de 80 dólares por barril.

Mas foi menos otimista em relação ao caso da Austrália, devido aos custos trabalhistas mais elevados. A tripulação em um navio na Austrália pode custar 10 mil dólares a mais por dia do que numa embarcação que saia de Cingapura.

Por isso, para os australianos, só vale a pena investir pesadamente em investimentos se o petróleo estiver bem acima dos 80 dólares por barril.

O executivo, que se aposenta dentro de duas semanas após 31 anos na empresa de Nova Orleans, disse que o crescente apoio político à prospecção de novos campos de petróleo na costa dos EUA coloca a Tidewater e seus concorrentes locais em uma boa posição, devido a uma lei que exige que as empresas que prestam serviços ao setor tenham pelo menos 75 por cento de participação norte-americana.

"Os Estados Unidos parecem ser um mercado bem ativo e bem positivo. Identificamos uma oscilação política muito significativa nas últimas oito a dez semanas nos EUA a respeito da eventual abertura de áreas adicionais para exploração."

A Tidewater opera em mais de 60 países, e seus principais concorrentes dentro dos EUA são a Hornbeck Offshore e a Gulfmark Offshore.

Existem cerca de 2.000 embarcações vinculadas ao setor petrolífero no mundo, sendo 230 pertencentes à Tidewater. Lousteau disse que a companhia tem outros 58 barcos em preparação, dos quais dois terços sendo construídos em estaleiros de Cingapura, Malásia e China.

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