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Previsão para 2014

O Brasil deve gerar entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de vagas formais de trabalho em 2014, informou nesta terça-feira o ministro do Trabalho, Manoel Dias. "Se fizermos análise dos últimos 3 meses, vemos que há indicativo de aquecimento do emprego", afirmou.

O ministro declarou ainda que o mercado de trabalho está forte e que os salários têm aumentado. "Os números são excelentes, o que faz com que a gente tenha a fé e a crença de que teremos em 2014 um ano melhor ainda do que foi 2013", disse.

A economia brasileira fechou 449.444 postos de trabalho com carteira assinada em dezembro, acumulando em 2013 a criação líquida de 730.687 vagas, sem ajustes, e de 1,117 milhão de postos com ajustes, informou nesta terça-feira (21) o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Foi o pior resultado anual desde 2003, quando o país criou 645.433 vagas formais sob o critério sem ajuste. Com ajuste, pelo menos por enquanto, também foi o pior desempenho em dez anos.

O saldo do ano passado é resultado de 22.092.164 admissões e 20.974.993 demissões. O saldo de empregos em 2013 caiu 18,61% ante 2012, de acordo com a série ajustada, cujo resultado de 2012 é de 1.372.594. Pela série sem ajuste, em que 2012 teve saldo de 868.241, a alta em 2013 foi de 28,67%.

A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE e é a preferida do Ministério do Trabalho e Emprego. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.

O resultado de 2013 veio bem abaixo do esperado pelo governo, que em meados do ano previa a contratação líquida de 1,4 milhão de trabalhadores em 2013. "Tivemos crescimento do PIB que não foi alto em 2013 e a geração de empregos não pode contrariar esse prognóstico", explicou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, acrescentando que a previsão de 2014 se dá baseada em investimentos.

Pesquisa da Reuters indicava que, em dezembro, seriam fechadas 456 mil vagas, de acordo com mediana de 10 projeções, que variavam entre fechamento de 400 mil a 550 mil vagas. Um ano antes, haviam sido fechados 496.944 empregos em dezembro e abertos 868.241 postos em 2012 no dado sem ajuste e 1,373 milhão de vagas com ajustes.

Mesmo com a oferta de vagas no mercado formal de trabalho perdendo ímpeto, a taxa de desemprego geral no país continua em patamares baixos, ao mesmo tempo em que o rendimento continuou crescendo, mesmo que com ritmos mais modestos.

Dezembro

A saldo de empregos em dezembro, apesar de negativo, foi 10,65% melhor do que o visto em dezembro de 2012, quando houve fechamento de 503.041 vagas pela série ajustada. Já pela série sem ajuste, a melhora foi de 9,56% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o volume de vagas fechadas foi de 496.944.

A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE e é a preferida do Ministério do Trabalho e Emprego. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.

A indústria de transformação foi o setor que fechou mais vagas no mês de dezembro, com um saldo líquido negativo de 164.322, segundo dados do Caged. No total, o saldo líquido de dezembro ficou negativo em 449.444 vagas.

O setor de serviços foi responsável pelo fechamento de 112.620 vagas no mês. No mesmo período, a agricultura demitiu 72.078, a construção civil, 78.752 e o comércio, 3.156. Nenhum dos setores analisados apresentou um saldo positivo de geração de empregos no último mês de 2013.

Geração de emprego

O setor de serviços foi o que mais gerou empregos em 2013, de acordo com dados do Caged. O saldo líquido de geração de vagas em serviços foi de 546.917 vagas no ano passado. O setor de comércio gerou 301.095 vagas; a indústria de transformação, 126.359 vagas; a construção civil, 107.024 vagas; a administração pública, 22.841 vagas; a indústria extrativa mineral, 2.680 vagas; e a agricultura, 1.872 vagas.

Seguro desemprego

O ministro do Trabalho e Emprego também disse que governo, patrões e empregados vão discutir soluções para o seguro-desemprego e o abono salarial em março. Segundo ele, não há um prazo para chegar-se a um acordo. "Não precisa de consenso. Se não tiver consenso, vai para decisão", afirmou, sem detalhar qual seria a decisão.

Em outubro de 2013, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo estudava a redução dos gastos com seguro-desemprego e abono salarial. Na ocasião, disse que era urgente reduzir essa despesa ou impedir que ela continuasse crescendo.

Dias afirmou que nos dias 11 e 12 de março ocorrerão seminários em Brasília para reunir governo, patrões e empregados para "fazer um diagnóstico da rotatividade". "A hora de mudar é quando está tudo bom e está tudo bem", disse.

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