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Brasil fica a um passo do "grau de investimento"

São Paulo – A Moody's informou ontem que elevou os principais ratings (notas de risco de crédito e investimento) do Brasil. As outras agências de classificação de risco – Fitch Ratings e Standard & Poor's – haviam tomado esta decisão em maio. No mesmo mês a Moody's colocou os ratings do país "em revisão", elevando-os agora.

Os ratings dos títulos do governo em moeda estrangeira e moeda local foram elevados de "Ba2" para "Ba1". Com a mudança, o Brasil fica a apenas um degrau do "grau de investimento" para as três agências. O teto soberano para os títulos em moeda estrangeira foi elevado de "Ba1/NP" para "Baa3/P-3", marcando a primeira vez em que foi assinado "grau de investimento" para esses papéis. O teto soberano para depósitos bancários em moeda estrangeira também foi elevado de "Ba3" para "Ba2". Já o teto de curto prazo para depósitos em moeda estrangeira segue como "Not Prime", e os tetos do Brasil para depósitos em moeda local e para títulos em moeda local permanecem em A1.

Segundo a agência de classificação de risco norte-americana, a elevação reflete "a melhoria observada no perfil de endividamento geral do governo, a antecipação de uma redução mais acelerada dos indicadores de endividamento do governo no futuro próximo, e a esperada continuação de fortalecimento dos indicadores de dívida externa".

"Os indicadores de vulnerabilidade externa do Brasil têm apresentado reduções contínuas", explicou o analista sênior da Moody's, Mauro Leos, através de nota. "A contínua acumulação de reservas internacionais propicia um colchão financeiro e deve servir como defesa contra choques externos, que poderiam se materializar na eventualidade de um ciclo adverso de eventos atingir a economia brasileira."

Ainda de acordo com o analista, o Brasil se apresentou em boas condições em relação aos demais mercados emergentes para "enfrentar o arrefecimento das condições econômicas externas". Para ele, o país possui "sólida posição de reservas internacionais" e "estrutura de exportação diversificada que limita exposições a determinados produtos e regiões".

Segundo a Moody's, o país ainda enfrenta "importantes desafios de crédito, inclusive necessidades significativas de financiamento bruto em termos absolutos e relativos". Para superá-los no médio prazo, o governo precisaria melhorar ainda mais o perfil da dívida e avançar em outros pontos, como as reformas previdenciária e fiscal e a ampliação da infra-estrutura local.

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