A criação de um banco de financiamento exclusivo para os países dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que funcionaria como opção de financiamento de projetos de infraestrutura, foi o tema da reunião bilateral entre o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e a presidente Dilma Rousseff, ontem. Ambos concordam que a criação serviria para suprir a limitação de investimento que existe hoje no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional, relatou o porta-voz da presidente brasileira, Thomas Traumann.
Zuma acredita que o banco possa ser criado na próxima reunião dos Brics, na África do Sul, no ano que vem, para financiar projetos de desenvolvimento para os cinco integrantes do grupo, informou ainda o porta-voz brasileiro. "A presidente concordou e eles vão discutir e aprofundar a questão com os outros países na reunião [dos Brics, que começa hoje]", disse. Traumann acrescentou que Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul podem receber financiamentos com características diferenciadas. Não foi revelada, no entanto, qual seria a proposta de composição do capital.
Dilma e Zuma comemoraram ainda a vitória da concessionária sul-africana ACSA, uma das parceiras no consórcio vencedor no leilão do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. O encontro durou 50 minutos.
Custo da construção
R$ 750 milhões é o custo da construção e do lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para levar a banda larga a todos os municípios do Brasil, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, que fez o anúncio ontem, em Nova Délhi. O país vai propor à Índia uma cooperação técnica para o satélite.