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Juros

Brasil não precisa mais ter juro de 3º mundo, diz Furlan

O Brasil não precisa mais ter taxas de juros de terceiro mundo, avalia Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e membro do conselho de administração da empresa de alimentos BRF Brasil Foods, destacando que outros indicadores da economia brasileira estão melhores que países do primeiro mundo. "A boa situação na economia brasileira hoje permite que se ouse. A presidente Dilma está ousando sobre juros e sobre spread bancário", disse ele a jornalistas no 11º Fórum de Comandatuba, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), do empresário João Doria Jr., que reúne grupo de empresários para discutir os rumos da economia.

Furlan destaca que, se o Brasil pode ousar na economia, outros países no mundo hoje têm pouco espaço para ousadias. "A Europa está pressionada, com desemprego, não tem espaço para ousar", afirmou. Questionado sobre em qual outro ponto a presidente Dilma poderia ousar, além dos juros e do spread bancário, Furlan destaca que é na área tributária, reduzindo impostos para o setor industrial.

O ex-ministro ressalta que em suas viagens internacionais e em conversas com economistas e especialistas estrangeiros tem notado que muitos países andam com inveja de ter os indicadores de desempenho da economia brasileira apresenta, com exceção dos juros, ainda altos. "São outros tempos, precisamos buscar outro patamar de juros."

Com o aumento da renda e do crescimento da classe C, Furlan destaca que o Brasil passou a ser prioridade para as grandes empresas mundiais. "Empresas multinacionais que não estão operando no Brasil são penalizadas hoje pelo mercado de capitais por não aproveitar este momento da economia brasileira", afirmou.

Sobre o dólar, Furlan destaca que o Banco Central tem feito "quase um milagre" ao conseguir manter a moeda americana no patamar atual, acima de R$ 1,85.

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