O Brasil perdeu 33.953 vagas formais de emprego em agosto deste ano, informou nesta sexta-feira (23) o Ministério do Trabalho. Esse foi o 17º mês consecutivo de retração líquida de postos de trabalho no país.
O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) decorre de 1,253 milhão de contratações e 1,287 milhão de demissões no período.
O número de postos fechados em agosto deste ano foi menos intenso do que em igual mês do ano passado, quando foram extintas 86.543 vagas. O saldo negativo também foi menor que o fechamento de 94.724 vagas formais de emprego em julho de 2016.
Acumulado
No acumulado do ano até agosto, o saldo de postos fechados é de 651.288 pela série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. Este é o pior resultado para o período desde 2002, quando começa a série histórica do indicador.
No acumulado dos últimos 12 meses, o país encerrou agosto com 1,656 milhão de vagas formais a menos, também considerando dados com ajuste.
Setores
Entre os setores da atividade econômica, segundo os números do governo, os que registraram as maiores perdas de emprego foram os da construção civil, com o fechamento de 22,1 mil postos; seguido pela agricultura (com 15,4 trabalhadores a menos). Também caiu o nível de emprego no setor de serviços (menos 3 mil vagas).
Apenas três setores registraram aumento de vagas. A indústria de transformação contratou 6,2 mil postos a mais, o comércio registrou mais 888 postos de trabalho, e a indústria extrativa mineral, mais 366.
Regiões
Segundo o Ministério do Trabalho, em agosto, três das cinco regiões do país registraram queda no nível de emprego formal. A região que apresentou maior perda de postos de trabalho foi o Sudeste, com menos 50 mil postos, seguida pelo Centro-Oeste, com menos 2,5 mil vagas, e o Norte, com menos 1,8 mil postos com carteira assinada.
Os saldos positivos do emprego aparecem na região Nordeste (+19.403 postos) e Sul (+1.857 postos).
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