O ministro dos Transportes, Paulo Passos, disse nesta segunda-feira que a transferência de tecnologia seria o principal critério para a avaliação das propostas dos consórcios internacionais para a construção do trem de alta velocidade (TAV) entre o Rio e São Paulo. Em Berlim para expor o projeto na maior feira de transporte ferroviário do mundo, a Inno Trans, que começa nesta terça-feira, Passos afirmou que ao absorver a tecnologia do trem de alta velocidade o Brasil poderia realizar três novos projetos, com data ainda não definida, entre São Paulo e Curitiba, entre Campinas e Belo Horizonte, e entre Campinas e Triângulo Mineiro.
- Nós não vamos fazer imediatamente, mas vamos logo fazer os estudos de viabilidade - adiantou o ministro.
De acordo com Paulo Passos, esses planos são a longo prazo e não dependem do candidato à Presidência que vencerá as eleições de outubro. O plano seria independente do governo. O Brasil vai não apenas encomendar mas também "aprender a fazer" e adquirir uma tecnologia que poderá impulsionar diversos setores industriais.
O processo de estudos de viabilidade para o primeiro TAV brasileiro demorou bem mais tempo do que o previsto. Os planos anteriores eram de que a ligação de alta velocidade entre as duas maiores cidades brasileiras estivesse pronta já para a Copa de 2014. Mas, em consequência do estudo demorado, do qual participaram diversos ministérios e, por fim, o TCU (Tribunal de Contas da União), a abertura da licitação ocorreu bem mais tarde.
Os cálculos são de que o projeto, com investimentos de cerca de R$ 34 bilhões, estará concluido em aproximadamente cinco anos.
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