O setor elétrico vai demandar investimentos de quase R$ 125 bilhões entre 2006 e 2015, o que significa dizer que o país precisará atrair investimentos de R$ 12,5 bilhões por ano no setor, segundo estimativa do governo expressa no Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica, divulgado ontem pelo Ministério de Minas e Energia. Desse total, a expectativa é a de que R$ 40 bilhões sejam investidos em novas linhas de transmissão e subestações, e R$ 84,5 bilhões (US$ 40 bilhões ao câmbio de R$ 2,12).
Os valores, principalmente relativos aos investimentos de energia, poderão ser alterados dependendo de um maior investimento em térmicas ou em hidrelétricas. A previsão desse volume de investimentos foi calculada considerando uma previsão de crescimento do consumo de energia da ordem de 5,2% ao ano até 2015, contra um taxa média anual de 4,6% registrada entre 1980 e 2005.
Ao apresentar o plano, que corresponde ao planejamento do setor elétrico, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, informou que a carga (demanda) deverá saltar de 47.543 MW médios em 2005 para 76.224 MW médios em 2015. Já o pico de consumo, ou a demanda máxima em determinado momento, que chegou a 61.910 MW no ano passado, deverá subir para 98.983 MW em 2015, o que fará com que o país eleve sua capacidade de geração de energia dos atuais 100 mil MW aproximadamente para 140 mil MW em 2015.
Rondeau destacou que o planejamento, deixado de lado na última década, apresenta alternativas para a expansão dos sistemas de geração e de transmissão ao longo do tempo, para que não haja falhas no fornecimento.