Nos próximos oito anos a procura por combustíveis leves, como etanol, gasolina e gás natural, crescerá 50%, segundo estimativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Na avaliação do setor sucroalcooleiro, para atender ao aumento da demanda serão necessárias pelo menos 100 novas usinas. O cálculo foi apresentado nesta quinta-feira (27), pela presidente da entidade, Elisabeth Farina, durante a abertura do evento Ethanol Summit 2013.

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"Vejo 2020 como oportunidades para serem aproveitadas, mas isso vai depender de vários fatores. Um deles é, de fato, uma clareza da nossa política de preço de combustível", disse Farina. Ela destacou que o setor tem condições de dar conta da expansão da demanda. "Nós temos que dobrar de fato a produção [de etanol] e isso significa ter que investir. A gente precisaria repetir o crescimento de 2006 a 2009", comparou.

De acordo com a presidenta da Unica, o carro com motor flex, que está completando dez anos no mercado nacional, é considerado o maior ativo da indústria sucroalcooleira. "São 20 milhões de veículos que não estão usando a potencialidade que poderiam em relação ao etanol hidratado. [A entrada dos motores movidos a álcool e gasolina] tem uma importância enorme, inclusive, porque funciona como regulador do mercado", declarou.

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O vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Wagner Bittencourt, informou que neste ano o banco deve voltar aos patamares históricos de desembolso para o setor, alcançando R$ 6 bilhões. O montante representa crescimento em relação ao ano passado, quando foram financiados R$ 4 bilhões. "De 2008 a 2012, o banco desembolsou cerca de R$ 30 bilhões. Os investimentos resultaram em modernização de plantas e expansão de plantas e lavouras. Até o mês de abril foram cerca de R$ 3,3 bilhões", relatou.

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis, do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, destacou que os próximos anos serão de grande oportunidade para investimentos, a partir do que está previsto no Plano Decenal de Energia. "Se nós dobrarmos a capacidade de produção de etanol no Brasil, ainda precisaremos colocar um volume correspondente a 14 bilhões de litros de gasolina em 2020. E isso pode ser o álcool", declarou