O Governo prepara-se para incluir a China como economia de mercado a partir de 2016, como sugerem as normas estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou neste domingo (11) a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
Das 81 medidas antidumping aplicadas pela nação sul-americana, a metade é contra produtos do país asiático e para preparar-se para a mudança, "o Governo estuda como irá combater o 'ataque chinês' ao mercado brasileiro", apontou Prazeres em declarações à "Agência Brasil".
A mudança na defesa comercial, "vai tornar muito mais difícil a aplicação de medidas antidumping contra a China, que é o principal 'player' (negociador) e o principal objeto de nossas investigações e por isso terá que receber um tratamento diferente", acrescentou a alta funcionária.
Segundo a secretária, Brasil iniciou um processo de análise conjunto com outros países que também se preparam para enfrentar a mudança, como os Estados Unidos, que receberam nos últimos dias a especialistas brasileiros para tratar o assunto de defesa comercial.
Na atualidade, China é considerada como economia emergente, mas tratada como uma economia não de mercado, o que implica sempre ter um terceiro país como referente de preços nos litígios comerciais contra si.
China é o principal parceiro comercial do Brasil, com uma balança comercial para o período janeiro-agosto deste ano de US$ 50 bilhões, US$ 29 bilhões deles correspondentes às exportações brasileiras, que supõem um aumento do 45,8% em comparação com o mesmo período de 2010.
As importações, no entanto, avançaram 32,3% no mesmo comparativo.
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