O Brasil pretende ampliar o contrato de compra de gás com a Bolívia, que vence em 2019, e tem interesse em agregar valor ao produto com um polo gás químico. "É possível estender (o contrato), porém estamos vendo se depois de 2019, com a extensão do contrato, se pode agregar valor ao gás boliviano", disse o embaixador brasileiro Frederico Cezar de Araújo.
Os dois países começaram a conversar sobre um polo de gás químico, porém, ainda não se sabe sobre avanços na questão. O Brasil espera que a partir de 2015 a produção de gás aumente 50% em relação ao nível atual, segundo informações das autoridades bolivianas, disse Araújo. No momento, a produção média chega a 41 milhões de metros cúbicos diários de gás.
De acordo com o diplomata, as reservas de hidrocarbonetos que o Brasil encontrou no pré-sal não irão afetar as compras da Bolívia. "Não creio que vá influenciar na demanda de gás boliviano porque será utilizado de outra forma, sobretudo na exportação", comento. Com as reservas encontradas em águas profundas, o Brasil agora detém a oitava maior reserva de petróleo do mundo, segundo estimativas das autoridades brasileiras.
O Brasil é o principal mercado do gás da Bolívia, embora as suas compras diárias tenham caído significativamente desde o início do ano em razão da crise internacional. Além disso, o País tem usado mais energia de suas hidrelétricas. As compras atingiram 31 milhões de metros cúbicos diários em 2008, teto previsto no contrato. No entanto, nos últimos meses caiu para níveis inferiores ao mínimo - que é de 24 milhões de metros cúbicos. Morales nacionalizou a indústria de hidrocarbonetos, a principal do país, em 2006 e, segundo especialistas, a falta de investimento estrangeiro estagnou a produção.
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