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Com medo de que a crise financeira internacional provoque uma onda protecionista no Mercosul, o Brasil vai comandar uma reunião do bloco na última semana de outubro, em Brasília, para discutir os efeitos da turbulência no comércio dos países do Cone Sul. O encontro ainda está sendo organizado pelo Ministério das Relações Exteriores, mas deve contar com a presença dos ministros da Economia e presidentes do Banco Central, além dos chanceleres. O governo argentino anunciou na quinta-feira medidas protecionistas contra produtos importados para resguardar a indústria local durante a crise. Embora a Argentina informe que as medidas são contra os produtos asiáticos que chegam ao país com preços subfaturados, elas devem atrasar os embarques brasileiros porque as licenças de importações para vários produtos não serão mais automáticas.

Além disso, a Argentina já ameaçou adotar o chamado Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC), pelo qual os países do Mercosul podem impor cotas para importações de outro país do bloco. O governo argentino teme uma invasão de produtos brasileiros por causa da desvalorização do real em relação ao peso. Para técnicos do governo brasileiro, tal medida levaria a uma enxurrada de pedidos por parte de empresas brasileiras para que o mesmo mecanismo também seja aplicado pelo Brasil. Vários setores que enfrentam problemas na relação com a Argentina, como arroz, vinho, autopeças e farinha de trigo poderiam aproveitar o momento para pressionar o governo brasileiro a adotar a salvaguarda.

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