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Brasil recebeu US$ 66,7 bilhões em investimento estrangeiro direto

Dos US$ 153,4 bilhões que a América Latina e o Caribe receberam em investimento estrangeiro direto (IED) no ano passado, o Brasil foi o principal destino desses recursos. Vieram para o país US$ 66,7 bilhões, que representam 43,8% do total, seguido pelo México, que recebeu US$ 19,4 bilhões, e do Chile, com investimento de US$ 17,3 bilhões. A Argentina recebeu US$ 7,2 bilhões. O total de investimento recebido pelo Brasil e pela região é um recorde histórico, segundo relatório apresentado nesta quinta-feira (3) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em Santiago, Chile.

O documento mostra que no Brasil os setores de manufaturas e o de serviços receberam 46,4% e 44,3%, respectivamente, dos investimentos estrangeiros diretos, enquanto os recursos naturais receberam 9,2%. Sem incluir o Brasil, dos recursos que vieram para a América Latina e o Caribe, 57% foram para o setor de recursos naturais, 36% para o de serviços e 7% para manufaturas.

De acordo com o relatório, os US$ 153,4 bilhões representam 10% de todo o investimento direto estrangeiro feito no mundo. Em 2010, a região recebeu US$ 120,9 bilhões de dólares, enquanto que em 2009 a crise econômica mundial derrubou esse fluxo para US$ 81,6 bilhões. O valor histórico máximo anterior havia sido registrado em 2008, quando os ingressos na região chegaram a US$ 137 bilhões de dólares.

"Apesar da incerteza ainda observada nos mercados financeiros globais, as economias da América Latina e do Caribe atraíram quantidades importantes de investimento estrangeiro direto em 2011, valores que devem se manter elevados em 2012", informou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena.

O relatório da Cepal, entretanto, alerta para um movimento que tem crescido desde 2004: a crescente remessa dos lucros pelas empresas multinacionais que investem na região. "O rendimento de investimento estrangeiro direto transferido para os países de origem aumentou de US$ 20 bilhões de dólares anuais entre 1998 e 2003 para US$ 84 bilhões anuais entre 2008 e 2010", afirmou Alicia.

Em 2011, segundo o relatório, 46% dos ingressos líquidos de IED corresponderam a reinvestimentos dos lucros. Isso porque cresceram muito os ativos acumulados pelas empresas multinacionais na região e houve aumento da rentabilidade desses ativos, resultado do bom desempenho econômico dos países e aos altos preços internacionais das matérias-primas exportadas. O percentual restante de investimento se dividiu entre novas entradas de capital e empréstimos entre companhias. Segundo a Cepal, isso reflete a confiança das empresas multinacionais e as oportunidades de negócios na região.

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