O valor comercial do software não licenciado instalado em computadores (PCs) no Brasil alcançou US$ 2,619 bilhões em 2010. No entanto, com uma redução de dois pontos porcentuais em relação ao ano anterior, o Brasil completou cinco anos seguidos de queda e atingiu 54% de índice de pirataria no mercado, segundo os dados do Estudo Global de Pirataria de Software 2010 da Business Software Alliance (BSA).
"Os resultados demonstram que o progresso na redução do índice de pirataria tem sido realizado de forma constante, mas ainda há bastante trabalho a ser realizado", diz, em nota, o diretor da BSA no Brasil, Frank Caramuru. "Quanto mais reduzirmos a pirataria, melhor será para a economia."
Este é o 8º estudo global sobre pirataria de software conduzido pela BSA em parceria com o IDC, empresa de pesquisas de mercado e previsões da indústria de TI, usando uma metodologia que incorpora 182 dados distintos para 116 países e regiões. O estudo deste ano inclui uma nova dimensão: uma pesquisa de opinião pública com usuários de computador em atitudes e comportamentos-chave relacionados à pirataria de software, conduzido pelo Ipsos Public Affairs.
A pesquisa de opinião global (feita em 32 países) encontrou forte valorização de propriedade intelectual, com sete em cada 10 entrevistados dizendo apoiar que os inventores devem ser remunerados por suas criações para estimular mais avanços tecnológicos. Surpreendentemente, o apoio a direitos de propriedade intelectual é mais forte em mercados com altas taxas de pirataria.
A pesquisa também revelou que é amplamente difundido o reconhecimento de que software licenciado é melhor que o pirata, pois existe a compreensão de que é mais seguro e confiável, segundo 81% dos entrevistados.
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