No ano passado, o Brasil conseguiu redução recorde da queima de gás natural, com aproveitamento de 95,4% do que foi produzido. Foi o maior índice de aproveitamento e o menor volume anual de gás queimado nos campos do país desde a criação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 1998.
Após a assinatura de um termo de compromisso entre Petrobras e a ANP, em dezembro de 2010, a estatal vem reduzindo, ano a ano, esses índices, como consequência direta da constatação de que a queima do produto estava acima dos limites permitidos pela Portaria 249/2000 da ANP.
Foi lançado, então, o Programa de Ajuste para Redução de Queima de Gás na Bacia de Campos, que traz as metas de aproveitamento de gás natural até o corrente ano, além de um plano de ação para garantir o cumprimento do objetivo. Desde então, a ANP também vem restringindo os volumes autorizados de queima extraordinária de gás natural.
De janeiro a novembro do ano passado, a produção de gás natural no país atingiu o volume de 25,64 bilhões de metros cúbicos, dos quais foram queimados ou perdidos no processo produtivo 1,16 bilhão de metros cúbicos e e 3,46 bilhões, reinjetados nos campos da estatal.
Foram disponibilizados ao mercado nacional 17,39 bilhões de metros cúbicos de janeiro a novembro do ano passado, com a Petrobras usando 3,61 bilhões de metros cúbicos para consumo próprio.