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Afagos petistas

“Brasil tem muita saudade” de Dilma Rousseff, dispara Mercadante em evento do G20

Aloizio Mercadante
Presidente do BNDES emendou dizendo que Dilma ocupa hoje uma "missão muito importante" à frente do Banco do Brics. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda (22) que o Brasil “tem muita saudade” de Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em 2016 por pedaladas fiscais.

O afago na ex-presidente ocorreu durante a abertura do “States of the Future”, evento paralelo da reunião do G20, no Rio de Janeiro. Dilma ocupa atualmente a presidência do NDB, conhecido como Banco do Brics.

“É uma honra tê-la de novo aqui com o BNDES, o Brasil tem muita saudade da sua presença. Hoje em uma missão tão importante, que é o banco dos Brics, uma instituição parceira do BNDES”, disse Mercadante.

Dilma acompanhou os cumprimentos e, pouco depois, também palestrou no evento. Ela criticou o uso do dólar em transações internacionais como “papel de reserva internacional” mesmo sendo uma moeda nacional – dos Estados Unidos.

“Isso cria contradições. Por exemplo, como é possível praticar a política de taxa de juros baixas para reindustrializar as economias desenvolvidas e, ao mesmo tempo, reindustrializar um país que precisa de dólar fraco e taxa de juros baixas para ser competitivo e diminuir seu deficit em conta-corrente e também seu superavit de capital”, afirmou.

Essas contradições, disse Dilma, criaram uma mudança na forma como a globalização se produzia e aumentou o protecionismo de países como os Estados Unidos e da Europa “nunca antes visto”.

“Portanto, nas economias desenvolvidas, a mão que deveria ser mais invisível se transforma na mão mais visível do Estado, praticando uma política industrial ativa e uma clara intervenção, seja na economia doméstica, seja na internacional”, completou.

Na semana passada, Mercadante deu outra declaração polêmica afirmando que o pacote de ajuda do governo federal às companhias aéreas deveria ser condicionado à compra de aviões da Embraer. “Precisamos apoiar essas empresas, mas elas precisam comprar aviões da Embraer. Essa é uma condição fundamental para todo o esforço que o governo está fazendo de passivo fiscal, de financiar, mas nós precisamos trazer aviões da Embraer”, apontou.

Desde o início do ano, o governo articula a criação um fundo de financiamento especial para as companhias aéreas que operam no Brasil. A demanda é liderada pelo Ministério de Portos e Aeroportos e já foi analisada pelo Ministério da Fazenda e pelo BNDES.

De acordo com informações preliminares, o modelo terá a flexibilização do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), incluída no projeto de lei que atualiza a Lei Geral do Turismo.

No começo deste ano, a Gol pediu recuperação judicial nos Estados Unidos com base no chamado Chapter 11, que permite a reestruturação financeira de empresas endividadas, com uma dívida de R$ 20 bilhões. Já a Latam tinha recorrido ao mecanismo em 2020, com um passivo de US$ 18 bilhões.

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