O segundo mandato da presidência do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) será exercido pelo Brasil. Segundo a presidente Dilma Rousseff, o primeiro presidente da instituição será um representante da Índia, porque a ideia de criação do banco foi proposta pelo país. "Todos nos consideramos que era justo a primeira presidência ficar com o país que propôs [o banco]".

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A presidência da instituição financeira, criada nesta terça-feira (15) durante a 6ª Cúpula do Brics, será rotativa entre os países membros do bloco, com mandatos de cinco anos. A sede ficará em Xangai, na China.

O primeiro escritório regional do banco será na África do Sul, a primeira direção da equipe de ministros será da Rússia e a primeira direção do conselho de administração será do Brasil. O capital inicial autorizado do banco será US$ 100 bilhões e o capital subscrito do banco será US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics.

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Para Dilma, a quantia estabelecida para o início das atividades do banco é bastante significativa. "Acredito que será extremamente suficiente para se dar a partida". Ela disse que Xangai foi escolhida para ser a sede por ser o centro financeiro de uma das grandes economias do mundo. Segundo a presidenta, o olhar do banco para os países em desenvolvimento será generoso. "Estamos abertos para ver como vai ser a relação com os países fora do Brics", disse.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as taxas de juros da instituição ainda não estão sendo discutidas, mas serão "razoáveis" e baseadas no dólar. "Vamos fazer as exigências normais, também teremos exigências ambientais e sociais", adiantou. Segundo Mantega, a diferença ente o banco do Brics e outras instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial é que o poder será dividido de forma igual entre os membros do grupo. "A presidência não tem a menor importância, mas sim, o controle acionário, que é dividido por igual entre os cinco países", disse.

O ministro explicou que o Novo Banco de Desenvolvimento complementa o FMI e Banco Mundial, que hoje não têm reservas suficientes. "Não há financiamento suficiente para os investimentos necessários nos países emergentes e nos países avançados. O Banco Mundial não tem condições de viabilizar o financiamento para grandes projetos de infraestrutura que os países querem fazer", ponderou.