Dolar fecha a R$ 2,20, a maior cotação em dois anos
Fortes emoções e pouca racionalidade. Assim foi a segunda-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A crise de confiança no sistema financeiro internacional e a forte depreciação dos preços das matérias primas levou o Ibovespa a fechar em queda de 5,43%, aos 42.101 pontos.
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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fez nesta segunda-feira um balanço dos efeitos da crise internacional no Brasil e das medidas já adotadas pelo BC para dar liquidez ao mercado. Segundo ele, no comércio exterior, o Brasil sofre com os reflexos da crise na corrente de comércio internacional e com a queda dos preços das commodities (matérias-primas). De acordo com Meirelles, a queda nas commodities significa uma redução no valor exportado pelo País, embora os preços ainda continuem num patamar superior aos praticados no passado.
O presidente do BC disse que o reflexo mais grave no Brasil é escassez de financiamento em dólar, o que também leva à restrição de financiamentos em real. Ele lembrou que boa parte das exportações é financiada em dólar.
Meirelles enumerou todas as medidas adotadas pelo BC nas últimas semanas para aumentar a liquidez do mercado. Citou os leilões de venda de dólar com recompra e o leilão de swap cambial de hoje, no valor aproximado de US$ 1,5 bilhão, o que, segundo ele, não afeta as reservas internacionais, por se tratar de uma operação no mercado futuro. Meirelles disse que o BC tem US$ 23 bilhões no mercado futuro e que esta é mais uma linha de proteção do País.
O presidente do BC também citou as flexibilizações anunciadas para os depósitos compulsórios para dar liquidez ao mercado doméstico e ajudar os bancos menores. Segundo ele, a liberação de cerca de R$ 24 bilhões para compra de carteiras de bancos menores é "mais do que suficiente" para que os bancos maiores adquiram carteiras no mercado e dêem tranqüilidade aos bancos menores. Meirelles disse que, em momentos de crise como o atual, é normal que a liquidez vá para os bancos maiores. O presidente do BC afirmou que, além dessas medidas, outras poderão ser adotadas a qualquer momento. De acordo com ele, a grande vantagem do Brasil em ter constituído uma política conservadora e prudente é que, agora, tem recursos para enfrentar a crise com serenidade.
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