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A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 2,1 bilhões para a Brasil Telecom (BrT), o mais elevado empréstimo já concedido para o setor de telefonia no país e um dos cinco maiores aprovados pelo banco em toda a sua história.

Os recursos, segundo o BNDES, serão destinados à expansão da infra-estrutura de rede (voz, dados e imagem) e de tecnologia de informação da BrT. Este ano, afirma o banco, a empresa investirá R$ 1,8 bilhão do total previsto para o triênio 2006 e 2008.

Uma parcela do financiamento do BNDES, 38%, será liberada por meio de um consórcio de agentes financeiros, liderado pelo Banco do Brasil. Segundo nota do banco estatal, "os investimentos permitirão a consolidação da empresa como uma multiprovedora de serviços de telecomunicações".

A Brasil Telecom é uma concessionária de telefonia controlada pela Brasil Telecom Participações (BrTP). A holding, informa seu site, "é controlada pela Solpart Participações S.A., que detém 53,6% do capital votante e 20,2% do capital total. Os acionistas da Solpart são: Timepart Participações S.A., com 20,9% do capital total da Solpart, formada por fundos de investimentos; Telecom Italia International N.V., com 31,6%; Techold Participações S.A., com 47,5%, formada por fundos de pensão brasileiros (Sistel, Telos, Funcef, Petros e Previ) e Opportunity Zain".

A empresa foi, nos últimos anos, alvo de um acirrada disputa judicial em torno de seu controle, envolvendo o banco Opportunity, de Daniel Dantas (que continua acionista), a Telecom Italia, o Citigroup e os principais fundos de pensão do país. ( Clique e confira a composição acionária do grupo ).

A nota do BNDES destaca que "a acionista controladora da BrTP é a Solpart Participações (Telecom Italia International e fundos de pensão), com 51% das ações ordinárias".

Ainda segundo a nota do BNDES, "o plano de investimentos da Brasil Telecom, empresa responsável por 6,8 mil empregos diretos, para o período está concentrado em duas áreas específicas: tecnologia da informação e comunicação de dados". Além disso, com a assinatura de novos contratos de concessão em 2006, diz, o BNDES, "a BrT precisará cumprir metas de universalização e de qualidade estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)".

A nota do BNDES destaca que o projeto financiado pelo banco tem dois destaques: "a realização de aporte de recursos significativos em áreas pouco desenvolvidas, como as regiões Centro-Oeste e Sul (a BrT investirá em rede de telefonia pública em localidades a partir de 100 habitantes e em telefonia individual em localidades a partir de 300 habitantes) e um volume expressivo de aquisição de equipamentos com tecnologia nacional. Com esta operação, a participação desses equipamentos no projeto deverá aumentar".

Para tanto, o banco aprovou subcrédito no valor de R$ 100 milhões destinado à aquisição de bens de tecnologia nacional e serviços associados, no âmbito da Linha de Concorrência Internacional.

A linha ganhou, recentemente, novas condições que ampliam sua esfera de ação, com o objetivo de incentivar a venda desses equipamentos de tecnologia nacional. Com isso, afirma o banco estatal, as empresas fabricantes de produtos desenvolvidos no país, "ao participarem de concorrências no mercado interno passam a contar com crédito diferenciado do BNDES, em condições competitivas às apresentadas por grupos estrangeiros". O Banco também passou a financiar, além de máquinas e equipamentos, software e serviços e já aprovou R$ 250 milhões de recursos destinados à Linha para as empresas de telecomunicações.

Nos últimos dois anos, o Banco aprovou R$ 3,7 bilhões para as empresas do setor, que representaram investimentos totais de R$ 9,4 bilhões, voltados para expansão da rede de telefonia em cumprimento e transmissão de dados. Os desembolsos do BNDES no período atingiram R$ 3,5 bilhões.

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