A Brasil Telecom Participações, atualmente dividida em 26 empresas, quer reduzir à metade sua estrutura societária nos próximos meses, informou nesta terça-feira o vice-presidente financeiro e administrativo da companhia, Charles Laganá Putz.
O executivo, que está no cargo há cerca de um ano, afirmou que a simplificação já está ocorrendo, mas não traz impacto para os acionistas da Brasil Telecom, pois "são todas subsidiárias de capital fechado".
Segundo ele, a primeira parte do processo, que envolve fechamento de empresas que nunca foram ativas --como unidades de Internet no México e na Espanha--, deve ser concluída até o final do ano que vem. Essas empresas foram herdadas pela companhia em aquisições passadas dos provedores iG e Ibest.
O organograma apresentado por Laganá Putz prevê que, sob a Brasil Telecom Participações, ficará a operadora e, abaixo dela, quatro áreas divididas entre comunicação de dados, celular, cabos submarinos e Internet.
- Isso traz mais economia em termos de dor de cabeça - afirmou, referindo-se a obrigações de auditoria e outras formalidades de cada empresa do grupo.
Ele participou de evento do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças.
A Brasil Telecom Participações é controlada pela Solpart que, por sua vez, é parte de uma complexa estrutura encabeçada por fundos de pensão, Citigroup e Opportunity.
Simplificar essa estrutura, de acordo com Laganá Putz, também é visto com bons olhos.
- Isso poderia facilitar o fluxo de decisões da empresa. Mas, agora, esse não é o objetivo, porque nao é necessário. Cabe aos acionistas decidir.
O mercado brasileiro de telecomunicações busca há algum tempo um processo de consolidação envolvendo concessionárias, mas ainda faltam definições pela legislação do setor.
A Brasil Telecom, que opera nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul do país, acredita que a consolidação ajudaria seus negócios.
- Seria saudável para o mercado uma fusão para termos escala. Para termos escala, podemos crescer organicamente, mas isso demora - disse ele.
Na sua avaliação, um processo de fusão envolvendo qualquer empresa de telefonia, seja fixa ou celular, traria benefício principalmente se for complementar à operação da Brasil Telecom.
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