Operações no mercado de capitais, como a oferta de units do Santander Brasil, ajudaram o país a atrair em outubro a maior quantia de dólares desde junho de 2007.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira, o fluxo cambial no mês foi positivo em 14,598 bilhões de dólares, com saldo positivo de 13,106 bilhões de dólares nas transações financeiras e superávit de 1,492 bilhão de dólares nas operações comerciais.
Em setembro, o fluxo cambial havia sido positivo em 1,365 bilhão de dólares.
A principal operação a atrair dólares para o país foi a oferta pública primária da unidade do Santander no Brasil, que proporcionou o ingresso de pelo menos 4 bilhões de dólares.
Outras operações também engrossaram o fluxo ao longo do mês, como a emissão de bônus globais da Petrobras e as ofertas de ações de Gol, CCR e Rossi Residencial.
O BC informou ainda que comprou no mercado à vista 6,738 bilhões de dólares por meio de leilões com liquidação no mês passado. No mês anterior, as compras haviam sido de 3,481 bilhões de dólares.
Com o descompasso entre o fluxo de câmbio e as compras do BC, os bancos inverteram o posicionamento em moeda estrangeira ao longo do mês e terminaram outubro comprados em 3,189 bilhões de dólares, ante 3,276 bilhões de dólares em posições vendidas no final de setembro.
O saldo positivo foi registrado apesar do início da cobrança de 2 por cento de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a entrada de capitais estrangeiros para renda fixa e ações, adotado pelo governo na metade do mês.
Na última semana de outubro, mesmo com o imposto e a volatilidade nos mercados internacionais, somente em um dia houve saída líquida de dólares do país.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast