O Brasil criou 1,3 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, o menor saldo desde 2009, considerando a série histórica com ajustes. O resultado é 33% inferior do que o verificado em 2011, quando foram gerados 1,9 milhão de empregos.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em dezembro de 2012, houve redução de 496.944 vagas, uma queda de 1,27% em relação ao estoque verificado em novembro.
O saldo consolidado até novembro já apontava para um resultado fraco em 2012. Naquele mês, apesar do saldo positivo em 46.095 mil, o acumulado do ano somava apenas 1,771 milhão de novas vagas, a menor marca para os onze primeiros meses do ano desde 2009.
O ritmo mais baixo de criação de postos de trabalho é resultado da desaceleração da economia brasileira frente a 2011.
A expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012 avance apenas 1%, segundo as estimativas do relatório Focus, do Banco Central, que reúne as projeções dos analistas de mercado. O dado oficial ainda será divulgado pelo IBGE.
Salário médio de admissão sobe 4,69%
O salário médio de admissão no país aumentou para R$ 1.011,17 em 2012, ante R$ 966,45 em 2011, um crescimento de 4,69%, segundo os dados do cadastro.
O aumento real do salário médio de admissão dos homens foi de 4,74%, para R$ 1.067,66. Já o das mulheres aumentou 4,94%, para R$ 917,87. A relação entre o salário real médio de admissão feminino versus o masculino subiu para 85,97% no ano passado, ante 85,80% em 2011.
Os estados que tiveram os maiores aumentos reais foram Acre, com 12,50%; Paraíba, com 10,53%; Sergipe, com 7,13%; e Rio de Janeiro, com 6,32%. O maior salário médio de admissão foi verificado no Rio de Janeiro, de R$ 1.155,36, seguido por São Paulo, de R$ 1.153,70, e Distrito Federal, com R$ 1.040,63.