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Índice mostra preço do Big Mac ao redor do mundo. | Jim Young/Reuters
Índice mostra preço do Big Mac ao redor do mundo.| Foto: Jim Young/Reuters

A revista britânica The Economist divulgou os números atualizados de seu tradicional Big Mac Index, um índice que tem como objetivo mostrar o valor relativo entre as moedas. Apesar da desvalorização recente do real, o Brasil continua com sua moeda sobrevalorizada em relação ao dólar e tem hoje o quarto Big Mac mais caro do mundo.

De forma simplificada, o real está 8,7% mais valorizado do que deveria.Hoje, o custo do sanduíche é de US$ 5,21 no Brasil (a um câmbio de R$ 2,59), enquanto nos Estados Unidos ele custa US$ 4,79. A relação entre as moedas seria neutra se o dólar hoje custasse R$ 2,82. O câmbio mais valorizado do mundo, de acordo com esse índice é o da Suíça, que recentemente permitiu que o franco flutuasse em relação ao euro. Lá, um sanduíche custa US$ 7,54. Em seguida vêm a Noruega e a Dinamarca.

O real sobrevalorizado é um fator que tira a competitividade do país diante de outros emergentes. No México, o peso é subvalorizado em 30% em relação ao dólar, por exemplo. Índice parecido ao do peso colombiano e ao do sol peruano. Na China, a subvalorização é de 42% - o Big Mac custa lá US$ 2,77.

O índice da The Economist tenta aplicar na prática a teoria da paridade do poder de compra (PPC), em que os valores das moedas são alinhados de acordo com o que é possível comprar em cada lugar. A própria revista admite que o índice não é científico, mas ele tem o mérito de apontar uma tendência de longo prazo para as moedas. No caso do Brasil, há claramente um descolamento: o país deveria estar mais perto de outros emergentes e não de países escandinavos ou da Suíça.

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