As vendas de automóveis e comerciais leves novos no país avançaram 19,85 por cento em setembro na comparação com agosto, para 296.651 unidades, um novo recorde para o setor, segundo dados da Fenabrave, associação das concessionárias, divulgados nesta quinta-feira.

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O desempenho no mês passado --último com desconto cheio do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI)-- superou a marca histórica mensal de 289.792 unidades que havia sido cravada em junho deste ano.

Incluindo os emplacamentos de caminhões e ônibus, o total em setembro sobe para 308.713 unidades, número também inédito para o setor. Até então, o recorde mensal havia sido registrado em junho deste ano, com 300.174 unidades, conforme dados da Fenabrave.

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No acumulado de janeiro a setembro, as vendas de automóveis e comerciais leves no varejo cresceram 5,49 por cento ante igual intervalo de 2008, para 2,211 milhões de unidades, o melhor resultado da história para o período, conforme a Fenabrave.

Em nota, o presidente da entidade, Sérgio Reze, afirmou que o desempenho foi impulsionado tanto pela redução da alíquota do IPI quanto pela maior oferta de crédito.

A expectativa para outubro, contudo, é de leve retração nas vendas, diante do retorno do IPI. "Com a volta do imposto, as vendas de veículos devem se retrair um pouco devido, inclusive, à antecipação das compras. Mas não causará grande impacto", segundo Reze.

O governo brasileiro reduziu o IPI sobre veículos em dezembro passado, em uma das medidas para conter os efeitos da crise econômica global sobre o país. O benefício fiscal foi estendido duas vezes, até setembro, e volta gradualmente até o final do ano.

Conforme o presidente da Fenabrave, apesar do fim do benefício, a economia está "praticamente restabelecida" e há oferta de crédito, fatores que devem compensar parcialmente a volta do IPI.

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A Fenabrave mantém suas projeções de crescimento das vendas de veículos de "até um dígito este ano", taxa que vai depender da resposta dos consumidores à volta do IPI. "Estimamos um crescimento em torno de 3 por cento, mas se obtivermos os mesmos resultados do ano passado, já será um dado positivo para o setor", observou Reze.