O Brasil terá 76 mil profissionais a menos do que o necessário no mercado de tecnologia neste ano, de acordo com uma pesquisa feita pela consultoria IDC. Serão mais de 276 mil vagas para quase 200 mil especialistas.
O levantamento, encomendado pela empresa Cisco, analisou a disponibilidade de profissionais capacitados em TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) entre os anos 2011 e 2015, em oito países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Venezuela.
De acordo com o levantamento, o Brasil é o segundo país com dificuldades para encontrar candidatos, atrás do México. "Isso ocorre porque com a disponibilidade insuficiente de profissionais capacitados no mercado fica mais caro contratar e empregar profissionais de rede qualificados", diz a Cisco.
E o cenário de falta de mão de obra se intensifica no país. Em 2011, quase 40 mil vagas na área não foram preenchidas -o segmento com mais carência foi o de telefonia IP e sem fio, com lacuna de mais de 23 mil profissionais. Já em 2015, haverá cerca de 363 mil vagas, com 117 mil postos não ocupados.
Em toda a América Latina, a lacuna será de 296 mil trabalhadores. De acordo com Giuseppe Marrara, diretor de relações governamentais da Cisco do Brasil, o cenário precisa ser alterado. "A falta de mão de obra qualificada ainda é um fator preocupante para atender a essa demanda", afirma.