O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou ontem 20 medidas que o governo pretende adotar até 2015 de forma a incentivar as exportações brasileiras e o comércio bilateral. A primeira delas é dobrar o número de diplomatas encarregados da área de Contenciosos do Itamaraty. O ministério vai criar uma força-tarefa sobre a China, por ser um dos principais parceiros do país; e quer tornar regulares os encontros entre o Itamaraty e as lideranças comerciais do país para identificar quais são as principais barreiras para a exportações dos produtos nacionais.
A presidente Dilma Rousseff determinou que as instituições envolvidas na área de promoção comercial, incluindo os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e o BNDES, reforcem a política de integração Sul-Sul e deem atenção especial ao intercâmbio com a América Latina e África para manufaturados e Sudeste asiático para commodities.
De olho na China, país com o qual o governo passado evitava polemizar, Dilma tem adotado medidas para dificultar o ingresso de importados, como tarifas antidumping no setor de calçados, por exemplo e inclusão de diversos produtos em regime de licença não automática, o que faz com que o desembaraço da mercadoria importada leve até 60 dias. Isso também foi feito com os automóveis argentinos, como represália a medidas protecionistas do país vizinho.
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