A inflação no Brasil em 2013 e 2014 ficará acima da média mundial e dos demais países emergentes. Previsões realizadas pelo Departamento Econômico da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que, enquanto na América Latina a previsão é de uma queda da taxa de inflação entre 2011 e 2013, no Brasil ela seguiu uma tendência contrária. Para a ONU, a previsão é de que a inflação no País fique bem acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central, de 4,5%. Em 2011, o IPCA fechou exatamente no teto da meta, com 6,5%. Em 2012, a taxa foi de 5,84%.

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Na avaliação da ONU, a taxa voltará a ficar em 5,8% em 2013, enquanto a média dos países emergentes teria uma inflação de 5 2%. A taxa, porém, seria menor do que a expansão dos preços na América do Sul que, por causa da inflação de 10% na Argentina e de 24% na Venezuela, terminaria o ano com uma média de 7%.

Entre os países dos Brics, a previsão da ONU para o Brasil também não é das mais confortáveis. A taxa nacional está acima da previsão de 3,1% na China e de 4,2% na África do Sul. Mas inferior aos 7% de inflação na Rússia e 8,9% na Índia, onde a elevação dos preços já é uma preocupação do governo há meses.

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Nos países ricos, que sofrem para superar suas crises, a taxa de inflação é bem inferior a dos países emergentes e vem caindo nos últimos dois anos. Em média, os países desenvolvidos terão em 2013 uma inflação de apenas 1,5%. Nos EUA, a previsão é de 1,3%, ante 0,4% no Japão e 2% na Europa. No mês passado, a Grécia registrou sua primeira deflação em 40 anos.

Mas xerifes dos Bancos Centrais de todo o mundo não disfarçam a preocupação com a volta da inflação nos mercados emergentes, principalmente em economias que enfrentam, paralelamente, um freio em seu crescimento. A preocupação é de que o que era até pouco um consenso - o estabelecimento de metas de inflação e a adoção de medidas para ancorar eventuais pressões - acabe sendo diluído diante de um debate sobre a necessidade de dar espaço para que as economias possam crescer. Para 2014, a previsão é de que o Brasil tenha uma inflação de 5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.