A primeira das três safras de feijão da temporada 2011/12 registra queda no plantio que só poderá ser coberta daqui um ano. Menos expressivos que o ciclo das águas, os próximos dois plantios não têm força para compensar a retração atual, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção anual tende a cair cerca de 300 mil toneladas, ou 9%.
A safra das águas está em fase final de plantio e confirma recuo até maior que o previsto. Principal produtor de feijão, com perto de um terço da produção nacional, o Paraná dedica 20% menos área à leguminosa, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado ao governo do estado. São 270 mil hectares, ante 344 mil no primeiro ciclo de 2010/11. Com isso, a produção tende a cair perto de 15%, para 450 mil toneladas, mesmo que a produtividade siga a média histórica. A queda pode chegar a 80 mil toneladas e só seria compensada se a 2.ª e a 3.ª safras fossem ampliadas em 30%.
A Conab informa que haverá queda nacional de 18% na safra das águas e de 5% na 2.ª safra. A recuperação de 12% prevista para a 3.ª safra não deve inverter o resultado final. Trata-se de um recuo dez vezes maior que o acréscimo de área previsto para o último ciclo da temporada que no Paraná compreende as lavouras plantadas a partir de maio.
O estoque final de feijão deste ano no Brasil deve ser de 666 mil toneladas neste ano, 60 mil a menos do que o registrado em dezembro do ano passado. Ainda assim, há feijão para dois meses de consumo interno, conforme a Conab.
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