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Atômica

Brasil vai precisar de mais quatro usinas nucleares até 2030

O Brasil vai ter que aprender a conviver com usinas nucleares. Depois de o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ter aprovado na segunda-feira a construção de Angra 3, cujo projeto está parado há 21 anos, as projeções para atendimento do mercado de energia para 2030 apontam para uma necessidade de, no mínimo, mais quatro centrais nucleares de mil megawatts de capacidade cada, além de Angra 3.

O Plano Nacional de Energia 2030, que traça o planejamento energético até 2030, aprovado na segunda-feira, pelo CNPE mostra que o país vai necessitar de estar gerando mais 5.300 megawatts de energia nuclear até daqui a 23 anos, incluindo os 1.350 megawatts de Angra 3, e dos cerca de 2 mil atualmente gerados por Angra 1 e 2.

Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa energética (EPE), Maurício Tolmasquim, que apresentou o Plano Macional de Energia 2030, serão investidos nos próximos anos US$ 806 bilhões no setor energético para atendimento da demanda. Um dado positivo é que o país vai continuar auto-suficiente em petróleo. Em gás natural, o país vai continuar dependendo de importações, porém vai reduzir sua dependência dos atuais 50% para 25%.

De acordo com Tolmasquim, foram usados três cenários mundiais e seis cenários nacionais e quatro projeções de consumo de energia. Os dados principais usam e consideram o chamado cenário de referência. O cenário de referência considera um crescimento mundial da economia a 3% ao ano e no Brasil de 4%.

- São apnenas indicativos das necessidades de atendimento energético do país para os próximos anos - disse Tolmasquim.

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