Brasil, Colômbia, Chile e México vislumbram um risco cada vez maior de medidas protecionistas comerciais para conter possíveis desdobramentos de uma guerra cambial. É o que mostrou hoje a Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Instituto Ifo, da Universidade de Munique, e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em sua edição de janeiro, a sondagem realizou uma enquete especial sobre o tema "guerra cambial", não somente na América Latina, mas em todas as regiões, em escala mundial. O atual cenário cambial no mundo revela o risco de medidas protecionistas comerciais para 70% dos especialistas consultados em todas as regiões.
No entanto, a sondagem mostra que, na América Latina, este tema tem "peso diferenciado" entre os 11 países pesquisados. No Brasil, no México, na Colômbia e no Chile, 92% dos entrevistados concordam que existe um risco elevado de se adotar este tipo de medida protecionista. Ao se consultar os analistas dos sete países restantes dentro da sondagem (Argentina, Bolívia, Equador Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela), este porcentual cai para 78%. A sondagem ouviu 143 especialistas em 18 países no mês de janeiro.