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indústria automotiva

Brasileiro Carlos Ghosn pode ficar detido até 11/01, diz tribunal do Japão

Pedestres olham imagens de Ghosn projetadas nos telões da cidade de Tóquio, no Japão. Executivo está preso no país desde  19 de novembro. | KAZUHIRO NOGI/AFP
Pedestres olham imagens de Ghosn projetadas nos telões da cidade de Tóquio, no Japão. Executivo está preso no país desde 19 de novembro. (Foto: KAZUHIRO NOGI/AFP)

O ex-diretor-executivo da Nissan Carlos Ghosn pode seguir preso sem a possibilidade de conseguir fiança até 11 de janeiro, decidiu nesta segunda-feira um tribunal de Tóquio. Com isso, foi estendida a detenção de Ghosn, que já está na cadeia há um mês e meio.

A decisão surgiu após os promotores realizarem um terceiro pedido de prisão contra Ghosn, em meio à investigação de supostos crimes na época em que ele estava na Nissan. O sistema criminal de justiça japonês prevê que os promotores mantenham suspeitos detidos por até 22 dias sem fiança em cada pedido de prisão, caso o tribunal aprove uma extensão do período a cada etapa.

No mais recente pedido de prisão, em 21 de dezembro, os promotores disseram suspeitar que Ghosn transferiu temporariamente perdas privadas para a companhia, em outubro de 2008, quando a Nissan pagou um total de US$ 14,7 milhões para uma pessoa que o ajudou a lidar com os prejuízos. Ghosn sustenta que a empresa no fim das contas não arcou com qualquer perda, que a transferência foi temporária, que a transação foi depois registrada por ele mesmo e os pagamentos foram legítimos para os propósitos da Nissan, segundo uma fonte ligada à defesa.

Ghosn foi detido inicialmente em 19 de novembro, acusado de não registrar adequadamente compensações recebidas da empresa no período de três anos encerrado em março de 2018. Um auxiliar próximo dele, Greg Kelly, também foi preso no mesmo caso. Ambos afirmam ser inocentes.

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