O trabalhador brasileiro é um dos que permanecem menos tempo no emprego em uma lista de 22 países, segundo o estudo "Rotatividade e Flexibilidade no Mercado de Trabalho", elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em convênio com o Ministério do Trabalho, e que foi divulgado nesta terça-feira (22).
Em 2009, último ano analisado pela pesquisa, o trabalhador brasileiro ficava, em média, cinco anos em um mesmo emprego, perdendo apenas para os norte-americanos, com 4,4 anos. O país em que o trabalhador permanecia mais tempo em um mesmo emprego era a Itália, com 11,7 anos, seguida por França e Bélgica (11,6 anos), Portugal e Alemanha (11,1 anos).
Nos últimos dez anos até 2009, o tempo médio do trabalhador brasileiro em um mesmo emprego caiu. No ano 2000, a média era de 5,5 anos, número que recuou para 5,3 anos no período de 2001 a 2005, baixando em 2006 para 5,2 anos. Em 2007 e 2008, a média foi de 5,1 anos.
A rotatividade do trabalhador brasileiro também aumentou na última década, mostrou o estudo. Embora os vínculos empregatícios ativos entre 2003 e 2009 tenham registrado alta de 43,66%, de 28,6 milhões para 41,2 milhões, o número de desligados também cresceu no período, de 12,2 milhões em 2003 para 19,9 milhões em 2009. Assim, a taxa de rotatividade foi de 49,4% em 2009, ante 45,1% em 2001. Considerando apenas as demissões sem justa causa, a taxa de rotatividade também aumentou, de 34,5% em 2001 para 36% em 2009.
Entre os setores, a maior rotatividade em 2009 foi verificada na construção civil, com 86,2%, considerando apenas as demissões sem justa causa. Na agricultura, a rotatividade foi de 74,4%; no comércio, de 41,6%; nos serviços, de 37,7%; na indústria da transformação, 36,8%; na indústria extrativa mineral, 20%; nos serviços de utilidade pública, 17,2%; e na administração pública 10,6%.
Também de acordo com o estudo, considerando o total de estabelecimentos do universo da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), pouco menos de dois terços dos desligamentos anuais foram realizados por 6% do total de estabelecimentos do País nos últimos anos.
Do total de 19,9 milhões de demissões em 2009, 12,3 milhões (62%) ocorreram em um grupo de 11 mil estabelecimentos (5,5% do total). No ano de 2008, 112 mil estabelecimentos (5,7%) demitiram 12,9 milhões de trabalhadores (64%) do total de 20,3 milhões de desligamentos ocorridos. Em 2007, 93,5 mil estabelecimentos (5,1%) demitiram 10,5 milhões trabalhadores (61%), de um total de 17 milhões de desligamentos.
Exceto por uma pequena redução em 2009, o salário médio dos trabalhadores admitidos vem crescendo em relação ao dos desligados desde 2003. Naquele ano, a relação entre a renda dos admitidos e dos desligados era de 84,5%. Em 2010, chegou a 92 5%.
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