O brasileiro trabalha em média sete dias do ano somente para pagar a CPMF, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Em 1997, a proporção era de três dias de trabalho por ano.
O 'Imposto do cheque', que já tem 11 anos, representa, em média, uma despesa de R$ 190 (meio salário mínimo) por ano para cada brasileiro. Sozinha, a contribuição responde por mais de 8% da arrecadação da Receita Federal. A previsão é que sejam arrecadados pelo menos R$ 36 bilhões neste ano, cerca de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas pelo país nesse período).
Incidência
O estudo do IBPT, feito com base em dados do orçamento familiar calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comparou o custo da CPMF com os dias de trabalho em 122 profissões.
Os critérios de apuração levaram em conta renda, movimentação bancária, transporte, equipamentos, telefonia, energia elétrica, combustível usados no exercício da profissão. O estudo revelou que as profissões que utilizam equipamentos próprios são as que mais pagam o tributo.
Por esse cálculo, as profissões mais penalizadas pela CPMF são taxista e caminhoneiro: esses profissionais trabalham, em média, nove dias por ano para pagar o tributo. Já para funcionários de empresas privadas a média é de três dias.
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