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O brasileiro Roberto Azevêdo é um dos cinco classificados para a final na eleição para o cargo de diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC). O processo, que começou com nove candidatos, viu nesta quinta-feira a eliminação de quatro deles por terem o menor número de votos na primeira fase da eleição.

O brasileiro enfrentará agora candidatos do México, Indonésia, Coreia do Sul e Nova Zelândia. Na primeira fase, foram eliminados nomes de Gana, Quênia, Jordânia e Costa Rica. O processo de escolha terminará em maio e o nome escolhido pelos mais de 150 países assumirá a entidade em setembro deste ano.

Com sede em Genebra, a OMC é o epicentro das negociações comerciais internacionais. O Brasil já havia concorrido em 2005 para o cargo, mas foi derrotado com o menor número de votos. É a primeira vez que o Brasil passa da primeira fase nas eleições.

Azevêdo percorreu o mundo nos últimos três meses em busca de votos e, agora, travará uma disputa acirrada com o candidato mexicano pelos votos da América Latina. Nos últimos meses, o brasileiro também tem tomado a posição de se distanciar da imagem comercial do País, marcado por medidas protecionistas.

O governo, por sua vez, tem insistido, ao lado dos demais países dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que um número maior de organizações internacionais precisam ficar nas mãos de países emergentes que, hoje, representam 50% do comércio mundial.

A próxima rodada de votações definirá os dois finalistas que, até o dia 31 de maio, passarão por uma última eleição.

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