Os governos federal, estaduais e municipais fecharam o ano de 2022 com uma arrecadação de R$ 2,890 trilhões em impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária, de acordo com dados divulgados na manhã desta quarta (4) pelo Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Em números exatos, foram R$ 2.890.489.835.290,32, montante 11,5% maior na comparação com 2021, quando a arrecadação foi de R$ 2,6 trilhões. O aumento ocorreu mesmo com a desoneração do ICMS em serviços essenciais, como combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, que derrubou as alíquotas quase pela metade em alguns estados – o Rio de Janeiro, por exemplo, cobrava 34% do imposto sobre a gasolina, e baixou para 17% a 18%.
“Adicionalmente, ainda, tivemos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e serviços”, analisa Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP.
Para o economista, a carga tributária brasileira “continua sendo elevada para os padrões de um país emergente”. “A reforma administrativa e a contenção dos gastos públicos são alguns dos caminhos para diminuir o peso dos impostos”, completa.
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