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Brasília vê romaria para pedir alta na tarifa de importação

A possibilidade de o Brasil aumentar em 100 itens os produtos que podem ter a tarifa de importação elevada em até 55% no comércio fora do Mercosul já provoca uma romaria de representantes de diversos setores a Brasília para pedir proteção. São exemplos os segmentos de eletroeletrônicos, carne suína, vinhos, arroz, leite, achocolatados, doces e tratores.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, reuniu-se na quinta-feira com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para reivindicar a elevação (de 14% para 35%) das tarifas de importação de equipamentos de geração, transmissão e distribuição de energia. Se­­gundo ele, os chineses que estão investindo no Brasil estão dando preferência a importados. Como consequência, as compras externas desses produtos subiram 56%. "É um sinal claro de desindustrialização da indústria nacional", justificou Barbato.

De acordo com Benedito Rosa, da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, a lista de 100 produtos foi aprovada pelo Mercosul. Ele explicou que, assim que cada país fechar a relação de seus itens, as listas serão analisadas pelo conselho de ministros do bloco.

Na semana passada, produtores de diversas áreas procuraram o Ministério da Agricultura buscando medidas protecionistas, só que contra os vizinhos sul-americanos. O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação Nacional da Agri­cultura (CNA), Rodrigo Alvim, disse que há problemas no comércio do setor com o Uruguai. Em dezembro, foram importadas do país vizinho mais de 5 mil toneladas de leite em pó.

Os produtores brasileiros de arroz sofrem concorrência da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, disse o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, Francisco Lineu Shardong. Em 2011, o setor chegou a exportar 2 milhões de toneladas de arroz beneficiado para 55 países. Mas este resultado só foi possível por causa de mecanismos de incentivo brasileiros. "Temos de começar a responder, impor restrições", disse Shardong, acrescentando que o arroz importado é até 45% mais barato que o nacional.

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