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BRDE deve financiar mais seis pequenas hidrelétricas no Paraná em 2015

 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
(Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) deve financiar seis pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Paraná até o fim deste ano. Os projetos, em fase de análise na instituição, têm investimento estimado em R$ 195 milhões, dos quais 70% – cerca de R$ 137 milhões – serão financiados pelo banco de fomento.

“São projetos que estão em fase mais madura. A parte regulatória já está em andamento, nos órgãos ambientais e na Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], faltando uma ou outra licença”, diz Juliana Dallastra, gerente de operações do BRDE. O banco não revela quais são os empreendimentos; os nomes devem ser anunciados somente após a contratação dos empréstimos.

Segundo Juliana, outros dois projetos do gênero, com investimento estimado em R$ 247 milhões, estão na “carteira prospectada” do BRDE. Incipientes, eles devem demorar mais a receber os empréstimos. Se os processos avançarem, os financiamentos – de até R$ 173 milhões – tendem a ser liberados em 2016.

A fonte dos recursos é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do qual o BRDE é repassador. Os empréstimos podem ser pagos em até 15 anos. O custo equivale à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 4,1% ao ano – o equivalente, hoje, a 10,9% ao ano.

Recursos liberados

No primeiro semestre, a agência paranaense do banco de fomento repassou R$ 31 milhões para a área de geração de energia, pouco menos que o montante contratado em todo o ano de 2014 (R$ 35 milhões).

Os recursos já liberados neste ano foram destinados à construção de duas PCHs: Tigre, com potência de 9 megawatts (MW), no Rio Marrecas, no Centro-Sul do Paraná; e Salto Bandeirantes (4 MW), no Rio Bandeirantes, no Norte Pioneiro. Incluindo os montantes repassados ainda em 2014, as duas hidrelétricas, que consomem investimentos de R$ 54 milhões, receberam crédito de R$ 43 milhões do BRDE.

Retomada

“Entendemos que a geração de energia é um gargalo e que precisa de investimentos. Recurso para financiar é o que não falta, e com prazo e taxa bastante atrativos”, diz Juliana. “Mais difícil para o empreendedor é atender à legislação do setor, mas esse aspecto também tem melhorado.”

Estagnados por muito tempo, os projetos de PCHs voltaram a ganhar força neste ano, graças a mudanças no trâmite dos processos na Aneel e ao aumento do preço de referência nos leilões de energia.

No momento, há três em construção no Paraná. Além das já citadas Tigre e Salto Bandeirantes, está em obras a usina de Cantu 2 (18 MW), no Rio Cantu, na região Centro-Oeste do estado. No mês passado, entrou em operação a usina Moinho (4 MW), no Arroio Guaçu, no Oeste.

Em abril, três pequenas usinas do estado negociaram energia em um leilão realizado pela Aneel. Além da usina Tigre, fecharam negócio duas PCHs que ainda não começaram a ser construídas: Tibagi Montante (32 MW), no Rio Tibagi, nos Campos Gerais; e Confluência (27 MW), no Rio Marrecas, no Centro-Sul.

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