A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou nesta quinta-feira (2) que a Petrobras promoveu um reajuste médio de 17% nos preços do querosene de aviação (QAV) vendidos às distribuidoras, em 15 refinarias do país. O aumento acontece após uma redução de 11,6% nos preços do combustível no início de janeiro.
Tradicionalmente a Petrobras divulga as variações de preços em seus canais oficiais, o que não aconteceu dessa vez. Até o momento a estatal não publicou nenhum informativo sobre a decisão. A Gazeta do Povo questionou a estatal sobre o motivo do reajuste e a razão para que a alta não fosse anunciada publicamente pela empresa, mas não obteve retorno até o fechamento dessa matéria. O conteúdo será atualizado em caso de resposta.
Segundo a Abear, comparando o valor cobrado pelo QAV em fevereiro de 2022, com o preço reajustado agora, o aumento no combustível chega a 37,8%. Recente um levantamento feito pela entidade mostra que, em dezembro de 2022, o preço médio do QAV na bomba no Brasil foi quase 45% superior ao cobrado nos Estados Unidos.
“A alta do preço do QAV permanece sendo o maior desafio das empresas aéreas brasileiras, pois esse insumo representa cerca de 40% dos custos totais. A volatilidade da cotação do dólar também é preocupante, pois mais de 50% dos custos são dolarizados. É por isso que a Abear tem ampliado sua interlocução com o Poder Público, criando mesas de diálogo permanente com ministérios como o da Fazenda, de Portos e Aeroportos, do Turismo e com a Embratur”, diz em nota o presidente da entidade, Eduardo Sanovicz.