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Passageiros que pretendiam embarcar nesta quarta-feira (21) voltaram a ter transtornos com atrasos e cancelamentos de voos nos principais aeroportos do país no terceiro dia de paralisação de pilotos e comissários. A suspensão dos trabalhos dos aeronautas ocorre das 6h às 8h, diariamente, por "prazo indeterminado", em Congonhas, Guarulhos, Rio-Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília e Confins, mas também acaba impactando nos serviços de outros aeroportos.
No aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, quatro voos sofreram atrasos, mas não houve registro de cancelamentos, segundo a administradora do aeroporto. A concessionária tem orientado os passageiros a procurar as companhias aéreas para saber o status dos voos. Em Congonhas, também em São Paulo, foram registrados 9 atrasos e 12 cancelamentos. No aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, houve 14 atrasos e 19 cancelamentos na manhã de hoje. Em Brasília, 21 voos registraram atrasos nas partidas entre 6h e 10h. Outros três voos foram cancelados.
Em live realizada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), o presidente da entidade Henrique Wagner, afirmou que o movimento tem sido bem sucedido em todo o país. “O ponto mais importante aqui é que talvez nem nós, nem as empresas esperassem que nós chegássemos no terceiro dia (de greve). Isso vem sendo inédito”, disse. Segundo ele, a adesão de aeronautas na paralisação nacional tem sido cada vez maior. “Estivemos nos aeroportos e os voos estão sendo atrasados e paralisados. Tivemos voos nacionais e internacionais (prejudicados) em aeroportos que até então não havia nenhuma parada. E isso é muito bacana”, declarou.
Na última sexta (16), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve. A decisão foi motivada por uma ação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea). O TST determinou que em caso de descumprimento da decisão será aplicada multa de R$ 200 mil. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) disse, em nota, que a categoria reivindica a “recomposição das perdas inflacionárias, além de ganho real, tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas".