O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu nesta segunda-feira (6) a aprovação de uma reforma tributária ainda neste ano, como uma forma de solucionar o que ele atribuiu de "manicômio tributário" no Brasil.
“Temos que fazer a reforma tributária. Não é possível esse manicômio tributário que nós vivemos. Vai tudo parar na Justiça. A melhor profissão do mundo é advogado tributarista, é uma fábula os valores das ações”, declarou Alckmin, durante o evento "Cresce Brasil" da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), em São Paulo.
Segundo Alckmin, "quando o custo de capital é alto demais, como é o caso do Brasil, emperra investimentos no país". "É importante reduzir a taxa de juros. Por que o juro é tal alto? É cunha fiscal? Então vou tirar impostos. É falta de competitividade? Vamos aumentar a disputa entre bancos. É insegurança fiscal? Vamos dar segurança fiscal", disse o vice-presidente.
Alckmin também defendeu a unificação dos tributos que incidem sobre mercadorias e serviços, que são federais, estaduais e municipais em um único imposto, no mesmo modelo usado em outros países.
Sobre a reoneração de combustíveis, divulgada na semana passada, o vice-presidente defendeu a proposta e disse que ao reonerar a gasolina e deixar de fora gás e diesel, que impactam diretamente a inflação, e aumentar quase nada a taxação do etanol, o governo recupera a arrecadação sem grandes impactos nos preços, e ainda prioriza uma energia mais limpa.